Gleason L.
Archer argumenta em sua Enciclopédia de Dificuldades Bíblicas (pág. 66):
“Gênesis 1.14-19 revela que na quarta fase criadora Deus abriu o manto
de nuvens o suficiente para que a luz direta do Sol caísse sobre a
terra e para que tivesse lugar a observação correta dos movimentos do
Sol, da Lua e das estrelas. Não se deve entender que o versículo 16
mostra a criação dos corpos celestes pela primeira vez no quarto dia
criador; antes, ele nos informa que o Sol, a Lua e as estrelas, criados
no primeiro dia como fonte de luz, tinham sido colocados em seus lugares
designados por Deus com a idéia de no final das contas funcionarem como
indicadores de tempo (‘sinais, estações, dias, anos’) para os
observadores terrestres.”
Seja como for, Gênesis 1 nos informa que
no primeiro dia da Criação Deus não apenas formou a “luz” (verso 1), mas
também “fez separação entre a luz e as trevas” (verso 4). Embora os
três primeiros dias da Criação já fossem dias naturais de 24 horas,
compostos de “tarde e manhã” (versos 5, 8 e 13), no quarto dia Deus
trouxe à existência uma nítida “separação entre o dia e a noite” e uma
nova realidade que permitisse aos seres humanos distinguir as diferentes
“estações” e contar os “anos” (verso 14). Deus mesmo não necessitava
desses recursos para computar o tempo, mas Ele os criou para benefício
dos seres humanos, dos animais e das plantas. Cremos, portanto, que
as atividades criadoras do quarto dia não conspiram contra o fato de
Deus haver previamente realizado Suas atividades em dias literais de 24
horas.
Texto de autoria do Dr. Alberto Timm, publicado na Revista Sinais dos Tempos, janeiro/fevereiro de 2001, p. 19.
Fonte: Setimodia