S. LUC. 7:36-
I. INTRODUÇÃO:
Um líder da igreja outra prostituta.
Ele ganha a vida promovendo padrões de conduta. Ela ganha a vida quebrando-os.
Ele é o anfitrião da festa. Ela
penetra. Ele olha de cima, ela olha de baixo. Um transformado por Cristo outro
não.
Ele reconhece Jesus como Mestre.
Ela o aceita como Salvador. Um curado da lepra outra do pecado.
B. DOIS PIEDOSOS – Qual era o mais piedoso dos dois? O mais crente
entre ambos? O realmente convertido? Transformado?
Peça aos outros habitantes de
Betânia para apontar o mais piedoso dos dois, eles escolherão Simão.
Afinal, um teólogo, um clero, um
carismático, um homem religioso, consagrado, santo, líder da sinagoga, da
igreja.
Todos o apontariam. Menos Jesus.
Jesus conhecia bem os dois. E Jesus apontaria a mulher. Jesus aponta a mulher.
II. SIMÃO X MULHER
PECADORA – LUC. 7:40-47
A. SIMÃO – Jesus conta a Simão porque escolhe a mulher. Não que
Simão queira saber o motivo, a razão. Sua mente está em outro lugar. “Por que
essa prostituta entrou em minha casa?”
Simão não sabe com quem gritar
primeiro, com a mulher (a prostituta) ou com o servo que a deixara entrar.
Afinal, esse jantar é formal.
Apenas convidados especiais. Alta sociedade. A nata de Betânia. Quem deixará a
ralé entrar?
Simão está com raiva. Olhe para
ela – rastejando aos pés de Jesus. Beijando-os, só isso! Por quê? Se Jesus é
quem diz ser, ele bem saberia quem é esta mulher, pois é uma pecadora.
Simão convidou Jesus para sua
casa, seu lar, um jantar, um banquete, mas tratou-o como uma pessoa indesejada.
Sem as cortesias costumeiras dispensadas aos convidados especiais.
Sem beijo de saudação (ósculo
santo). Sem lavar aos seus pés. Sem óleo em sua cabeça para ungilo.
Em termos modernos, ninguém abriu
a porta para ele, pegou seu casaco, nem apertou sua mão.
Simão não fez nada para que Jesus
se sentisse bem-vindo. Todavia, a mulher tinha fez tudo que Simão não tinha
feito.
B. A MULHER? - A bíblia não diz o nome desta mulher, nem qual sua
árvore genealógica, que eram seus pais, sua família.
Apenas menciona sua reputação –
diz que era uma mulher pecadora, uma prostituta, uma ladra de maridos alheios.
Uma mulher tida como pecadora, de
baixa moral, suja, vulgar, infiel, ladra de maridos alheios.
ILUSTRAR - Imagine uma prostituta usando
um vestido justo, curto, transparente, indecoroso, com um decote avançado,
entrando na igreja. O que em geral acontece? Qual é a atitude dos membros na
assembleia? Cabeças viram. Giram. Rostos enrubescem. Uau! Cada movimento dela é
medido. Cada gesto é extravagante. Cada atitude é vista com olhares estrábicos
e maldosos.
A mulher põe a face, os lábios,
nos pés dEle ainda suados e sujos da poeira do caminho, da estrada. Ela não tem
água, mas tem lágrimas. Ela não tem toalha, mas tem seus cabelos (Luc.7:44).
Ele abre um frasco de perfume
“nardo puro”, algo caríssimo, talvez sua única posse de valor, massageia a pele
de Jesus com o perfume.
O aroma rescendeu, encheu toda a
sala de jantar, bem como toda a casa. O aroma é tão presente quanto a ironia.
Você esperaria que Simão, entre
todas as pessoas convidadas, ali presentes, demonstrasse esse amor?
Afinal ele não o pastor, o
reverendo da igreja? O mestre, o doutro da lei, o doutor em teologia? O
estudante das Escrituras?
E a mulher? Afinal, ela não á a
mulher da noite? Uma garota de programa? Uma mulher de reputação duvidosa da
cidade?
Como explicar a diferença entre
os dois? Treinamento? Seminários? Educação? Curso de teologia? Dinheiro? Status
social?
Não! Não. Nada disso, pois Simão
deixa-a para trás em todos estes itens. Era um homem culto, rico, inchado pelo
status.
Porém, há uma área que a mulher
deixa Simão para traz, fica bem distante dele, e faz com que ele coma poeira.
C. O que a mulher estima que Simão não estime? O que ela descobriu
que Simão de início não descobriu?
É simples, muito simples, “amor
de Deus”. O “amor de Deus acima de tudo, de qualquer coisa nesse mundo”.
Não sabemos como ela o recebeu.
Não fomos informados sobre como ela ouviu falar desse amor.
Será que ela estava por perto
quanto Jesus curou o leproso, o cego Bartimeu, o paralítico de Betesda, a
mulher com o fluxo de sangue, quando teve compaixão pela viúva de Naim?
Será que alguém lhe contou como
Jesus tocou leprosos? Transformou publicanos como o pequeno Zaqueu em
discípulos?
Não sabemos. Mas sabemos que ela
estava sedenta. Sedenta por causa da culpa. Sedenta por causa das incontáveis
noites de prostituição, de pecado. Sedenta por causa do arrependimento.
E quando Jesus lhe estendeu o
cálice da graça, ela bebeu-o. Ela não experimentou o bebericou apenas.
Ela não enfiou o dedo no cálice e
o lambeu, tampouco pegou o cálice e deu um golinho, uma experimentada apenas.
Ela levou o líquido até os lábios
e bebeu-o, engolindo e tragando-o como uma peregrina sedenta que era. Bebeu até
a graça, a misericórdia escorrer por seus lábios, seu queixo, pescoço, e corpo.
Bebeu até cada canto de sua alma
estar úmido, molhado, macio. Ela veio sedenta e bebeu! Bebeu até saciar!
E ele Simão – Nem mesmo sabe que está sedento, que precisa da graça, do amor e
da misericórdia de Jesus.
Pessoas como Simão não precisam
da graça, elas analisam. Elas não buscam a graça a misericórdia.
Elas até falam, comentam,
discutem, debatem, escrevem, leem, pregam, cantam sobre a graça, a
misericórdia.
Porém, nunca admitem que errem
que cometem falhas, que estão no pecado, que carecem de conversão, de
arrependimento.
“Aquele
há quem pouco foi perdoado, pouco ama” (Luc. 7:47). Esse é o princípio divino!
A Lei Áurea!
Não podemos oferecer o que nunca
recebemos. Se nunca recebemos amor, como poderemos amar outros? Você só pode
dar o que recebe. Você dá amor se primeiro o receber.
“Porque Deus amou o mudo de tal maneira que deu
o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha
a vida eterna”.(Joã.3:16).
“Nós amamos porque Ele nos amou
primeiro” (1Joã.4:19).
IV. CONCLUSÃO: O QUE A MULHER
EXPERIMENTOU QUE O VELHO SIMÃO DE INÍCIO NÃO EXPERIMENTOU?
A. A CONVERSÃO - Nascemos com uma
natureza pecaminosa. Gostamos do lixo, das coisas erradas da vida.
“Pode acaso
o etíope mudar a sua pele, ou o leopardo as suas manchas? Então poderíeis fazer
o bem, estando acostumados a fazer o mal?” (Jer. 13:23).
Você pode
ser moral, fingir, aparentar, simular, disfarçar, mas lá no fundo você é um
ninho de lixo. Porque enganos é o coração!
A
conversão é o trabalho através do qual Deus implanta no ser humano corrupto a
natureza divina.
É o
momento, a experiência; um milagre, através do qual Deus coloca em seu coração,
em sua natureza, a Natureza de Cristo.
A
conversão é uma mudança, uma transformação da natureza carnal, pecaminosa em
natureza espiritual.
Conversão
é reconhecer que está errado, que precisa de Deus, que precisa mudar de
vida. Uma meia-volta na vida!
B. NOVO NASCIMENTO - Não é correção dos erros e falhas, melhoria da vida anterior, não é ser moral. Não é
mudança de hábitos. Mudar vestimenta não muda o homem. Novos hábitos não criam
uma nova alma. Disciplina exterior não altera o interior.
É uma
transformação radical. É nascer do Espírito, da Palavra, da água, da
regeneração do Espírito Santo.
É uma
demonstração externa de uma transformação interna, é nascer da água e da
regeneração do Espírito.
ILUSTRAR –
Pensa no seu próprio nascimento. Coloque o DVD de sua vida para voltar ao
início e faça uma pausa nos primeiros momentos. Olhe para você. Novinho. Mãos,
olhos e boca novinhos. Nada de segunda mão. Tudo original. Agora, diga-me: quem
lhe deu olhos para que você pudesse ver? Quem lhe deu mãos para trabalhar? Pés
caminhar? Você fez os próprios olhos? Fez suas próprias mãos? Seus próprios
pés? Não. Você não fez nada. Foi Ele quem criou tudo novo na primeira vez.
Assim, é Ele quem irá criar tudo novo na segunda vez. (2Cor. 5:17).
É
maravilho quando Deus cura o corpo. É extraordinário quando Deus ouve as
orações. É inacreditável quando Ele concede o novo emprego, carro, bebê. Porém nada disso se compara ao
momento em que Deus cria uma nova vida. Esse é o maior milagre de Deus!
“Simão foi
tocado pela bondade de Jesus em não o repreender abertamente diante dos
hóspedes. Não fora tratado como desejara que Maria fosse. Viu que Jesus não
desejava expor sua culpa diante dos outros, mas buscava, por uma exata
exposição do fato, convencer-lhe o espírito e por piedosa bondade vencer-lhe o
coração. Uma severa acusação haveria endurecido Simão contra o arrependimento,
mas a paciente admoestação o convenceu de seu erro. Viu a magnitude do débito
que tinha para com seu Senhor. Seu orgulho humilhou-se, ele se arrependeu, e o
altivo fariseu tornou-se humilde e abnegado discípulo” – DTN, 567,
Oh, como precisamos disso! Talvez, você diga: “Senhor, tudo parece
bonito, mas eu não consigo acreditar apesar de precisar de Ti”.
Abra o seu coração a Jesus! Diga a Ele:
“Senhor, mesmo não compreendendo nada eu preciso de um milagre em minha vida”.
O milagre vai acontecer! Assim como aconteceu
com a mulher pecadora.
Inicial – 168
HINOS
Final – 175
Pr. Ercides Inácio de Oliveira