ESTEVÃO, O PRIMEIRO MÁRTIR CRISTÃO
ATOS 6:
8-15
I. INTRODUÇÃO:
A . ESTEVÃO - Em grego,
Stephanos, significa: "coroa".
Estevão foi um dos sete diáconos, escolhidos, para um trabalho social..
Estevão na jovem igreja,
era um homem influente, contagiante, cheio de piedade, amor e graça.
Um homem reto, de vida
correta, de boa reputação, de boa índole, irrepreensível e fiel.
Um homem sábio, estudioso
das profecias, um homem de profunda fé cheio do Espírito Santo e prodígios.
Estevão era alguém que se
destacava dos demais na fé, na graça, no poder espiritual e na sabedoria.
Estevão era judeu. Mas
falava grego e como tal, estava familiarizado com os usos e costumes dos
gregos.
Um homem que as pessoas, os
rabinos, os doutores da lei, "não podiam resistir à sabedoria, e ao
Espírito com que falava."
Um homem que de modo hábil,
em discussão pública, defendia as verdades que advogava e derrotava por
completo seus oponentes.
Um homem que salientava-se
entre os principais na operação de milagres, maravilhas e na pregação do
Evangelho.
II. ESTEVÃO, O PRIMEIRO
MÁRTIR CRISTÃO
A . A OBRA DE ESTEVÃO - V.
8 - "Estevão, cheio de fé e de poder, fazia prodígios e grandes sinais
entre o povo."
Estevão, cheio de fé e do
poder do Espírito Santo, fazia, realizava, milagres espantosos, maravilhas,
entre o povo.
"E levantaram-se
alguns que eram da sinagoga dos libertinos e dos cirineus e dos alexandrinos, e
dos que eram da Cilícia e da Ásia, e disputavam com Estevão. E não podia
resistir à sabedoria, e ao espírito com que falava." (Vs.9,10)
Libertino algum, cirineu
algum, alexandrino algum, ciliciano ou asiático, pode enfrentar a sabedoria e o
espírito de Estevão.
"Então subornaram uns
homens, para que dissessem: Ouvimos-lhe proferir palavras blasfemas contra
Moisés e contra Deus." V. 11
Os sacerdotes, príncipes,
os judeus eruditos, cheios de ódio, resolveram silenciar a voz de Estevão,
matando-o.
Estevão foi acusado de
amaldiçoar Moisés, blasfemar contra Deus, contra o lugar santo do Templo e
contra a Lei.
"E excitaram o povo,
os anciãos e os escribas; e, investindo contra Estevão, o arrebataram e o
levaram ao conselho." V.12
Determinados a arcar com as
consequências, o levaram perante o Sinédrio para ser julgado.
B. O JULGAMENTO DE
ESTEVÃO - Judeus eruditos de países
vizinhos foram convocados para refutar os argumentos do prisioneiro.
Para convencer o povo de
que Estevão estava pregando doutrinas falsas, enganadoras, e perigosas.
Saulo de Tarso com o pêso
da eloquencia, e a lógica dos rabis estava presente e tomou parte importante
contra Estevão.
"Diziam: Este homem
não cessa de proferir palavras blasfemas contra este Santo Lugar e a Lei."
V.13
"Porque nós lhe
ouvimos dizer que esse Jesus Nazareno há de destruir este lugar e mudar os
costumes que Moisés nos deu." V.14
As mentirosas testemunhas
depuseram que Estevão estava falando novamente contra o Templo, contra as Leis
de Moisés.
"Nós ouvimos Estevão
dizer que esse tal de Jesus de Nazaré destruirá o Templo, e acabará com todas
as Leis de Moisés."
Estevão defendia a abolição
do culto formal no Templo e a instituição de uma forma de culto mais
espiritual.
O povo de Jerusalém vivia
do Templo, e atacar o Templo era atacar o meio de vida deles.
Quando Estevão se colocou
face a face com seus juizes, com os seus acusadores, um santo fulgor
resplandeceu em seu rosto.
"Então todos os que
estavam assentados, presentes na Sala do Conselho, "Sinédrio", fixando os olhos nele, viram o seu rosto
tornar-se radiante como o rosto de um anjo." V.15
C. A DEFESA DE ESTEVÃO -
"Disse o sumo sacerdote: Porventura é isto assim? Então, Estevão
apresentou a sua defesa!
Estevão começou sua defesa
com voz clara, firme, penetrante, com provas e argumentos convicentes.
Estevão com Palavras que
mantivera o Conselho, a Assembléia absorta, relatou a história do povo
escolhido de Deus.
Estevão em sua defesa
mostrou completo conhecimento da história judaica, e a interpretação espiritual da mesma.
Estevão em seu sermão,
repetiu as palavras de Moisés que predizia o Messias: "O Senhor vosso Deus
vos levantará dentre vossos irmãos um profeta como eu; a Ele ouvireis."
Estevão em seu discurso,
patenteou sua própria lealdade para com Deus e para com a fé judaica, enquanto
mostrou que a lei não foi capaz de salvar Israel da idolatria.
Estevão argumentou com os
seus acusadores de que Deus não limita Seus encontros com os homens/mulheres ao
Templo de Jerusalém.
Estevão mostrou que as
primeiras e grandes revelações de Deus ocorreram em terras estranhas ( Ur,
Harã, Egito, Sinais, etc.)
Estevão discorreu do
chamado de Abraão até o nascimento de Moisés. Da adoção de Moisés pela filha de
Faraó até a construção do tabernáculo. Da entrada de Israel em Canaã até a
construção do Templo de Salomão.
Estevão referiu-se à
construção do Templo por Salomão, e às palavras deste, bem como do profeta
Isaías: "Mas o Altíssimo não habita em templos feitos por mãos de homens,
como diz o profeta: "O Céu é o Meu trono, e a Terra o estrado de Meus pés.
Que casa Me edificareis? Diz o Senhor, ou qual é o lugar de meu repouso?"
III. CONCLUSÃO: A MORTE DE
ESTEVÃO -ATOS 7:53-58
A. A CONDENAÇÃO - Quando
Estevão estabeleceu uma conexão entre Cristo e as profecias, houve um tumulto
entre o povo, o sacerdote, tomado de ódio e horror, rasgou as vestes.
Estevão, interrompeu seu
sermão, e volvendo-se a seus juizes enfurecidos exclamou: "Homens de dura
cerviz, e incircuncisos de coração e ouvido; vós sempre resistis ao Espírito
Santo; assim vós como vossos pais."
Os sacerdotes, os príncipes
e líderes judaicos ficaram fora de si, de cólera, ardendo em ódio com a
acusação de Estevão.
Como feras rapinantes precipitaram-se sobre Estevão, rangendo os
dentes de fúria e cólera.
"Estevão, cheio do
Espírito Santo, olhou bem firme para o Céu e viu a glória de Deus, e Jesus em
pé, à direita do Pai."
"Então disse a eles:
Olhem, eu estou vendo os Céus abertos e Jesus, o Messias, em pé ao lado direito
de Deus!"
B. O APEDREJAMENTO -
Descrevendo Estevão as gloriosas cenas, que estava a contemplar, seus
opositores não suportaram mais.
Colocaram as mãos nos
ouvidos, taparam os ouvidos, para não
ouvir as palavras de Estevão.
A multidão com altos
brados, com fúria correram unânimes sobre Estevão, o arrastaram para fora da
cidade e o apedrejaram.
Enquanto as pedras
assassinas eram atiradas sobre ele, Estevão orava: "Senhor Jesus, recebe o
meu espírito."
"Depois caiu de
joelhos, gritando: Senhor, não lhes impute este pecado, perdoem para que não
sejam culpados disto!" E com isto, morreu!
"O sangue dos mártires
é a semente da igreja." - Tertuliano
IV. APÊLO: O QUE PODEMOS
APRENDER DO EXEMPLO DE ESTEVÃO?
A. QUE ESTEVÃO TINHA
"BOA REPUTAÇÃO" - "Bom conceito"- Um homem íntegro, reto,
respeitado, com uma conduta imaculada, uma vida irrepreensível.
Que você tenha como
Estevão, uma "boa reputação", "um bom conceito", "um
bom caráter", "uma vida irrepreensível."
B. ESTEVÃO ERA UM HOMEM
"CHEIO DO ESPÍRITO SANTO"- Um homem ungido com o Espírito Santo;
dirigido, estimulado pelo Espírito Santo; em fogo.
"Estevão, cheio de
graça e poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo." (Atos 6:9)
Que você seja como Estevão,
um homem cheio, ungido, mergulhado, imerso no Espírito Santo.
C. ESTEVÃO ERA UM HOMEM
"CHEIO DE GRAÇA" - Um homem contagiante, cheio de entusiasmo, de
fervor, cujo rosto resplandecia como o rosto de um anjo.
Que você seja como Estevão,
um cristão vibrante, contagiante, cheio de entusiasmo e graça.
D. ESTEVÃO ERA UM HOMEM
"CHEIO DE SABEDORIA"-
Um homem conhecedor das
Escrituras, da história de Israel, que dialogava e persuadia com sabedoria
divina.
Que você siga o exemplo de
Estevão, que cada dia, você seja mais conhecedor da Palavra de Deus.
E. ESTEVÃO "VIU A
GLÓRIA DE DEUS"- Um homem que conseguiu ver além deste mundo, que viu o
Senhor à direita do Pai e a glória de Deus.
Que você como Estevão, com
os olhos humanos, veja Deus ao longe, e com os olhos da fé, bem perto de si
mesmo.
Que você como Estevão, cheio de fé, e esperança, veja os Céus
abertos e o Filho do Homem em pé à destra de Deus.
Inicial -
HINOS
Final -
Pr. Ercides Inácio de Oliveira