PERGUNTAS
QUE EU FARIA A JOSÉ
S. MAT. 1:24
A. É QUASE IMPOSSÍVEL LER AS ESCRITURAS – Sem fazer perguntas? Sem
sussurrar “será que...
“Será que Eva comeu outros
frutos?” “Será que Noé dormiu bem durante as tempestades?
“Será que Jonas gostava de
peixes?” “Será que Pedro tentou andar sobre as águas de novo?”
“Será que Paulo era viúvo ou
solteiro?” “Será que a mulher samaritana arrumou outro marido?”
B. A BÍBLIA É UM ÁLBUM – Um álbum recheado de recorte que por vezes
não conseguimos ver o quadro completo.
Assim ficamos conjecturando:
“Qual fora o sinal que Deus colocou em Caim?” “Com quem ele se casou?”
Quando a mulher adultera foi para
casa, após aquele ato vergonhoso, o perdão de Cristo, o que disse ao seu
marido?
Após ter sido liberto, curado,
salvo do poder das trevas, o que o homem endemoninhado fazia para ganhar a
vida?
E a filha de Jairo, o filho da
viúva de Naim, Lázaro, como viveram após a ressurreição? Fiéis ou infiéis?
E os sábios que seguiram a
estrela? O que aconteceu com eles? Será que continuaram adorando a Jesus?
E José, o esposo de Maria, o pai
- de Jesus? O que aconteceu com ele?
II. EU TENHO ALGUMAS PERGUNTA PARA JOSÉ
A. JOSÉ, O QUE ACONTECEU COM VOCÊ? - A bíblia apenas diz que você
era esposo de Maria, da “casa de Davi” (Luc.2:4).
Que você não é o pai biológico de
Jesus (Mat.1:22-25); apenas tornou-se o pai adotivo do Salvador.
A bíblia apenas fala do seu
casamento com Maria, sua residência em Nazaré, sua profissão como carpinteiro.
Porém, qual era a sua idade,
comparada com a de Maria, em que circunstâncias se conheceram e ficaram noivos?
José de acordo com a cultura de
Israel, seu noivado e casamento com Maria foram arranjados pelos pais? Ou pela
soberania de Deus?
Qual é a razão da ausência do seu
nome em Mat. 13:55,56 onde se esperaria que estivesse presente?
Porque sua presença não fora
mencionada nas Bodas de Caná da Galiléia, se os noivos eram parentes
(Joã.2:1-12)?
José implica isso que você era
bem mais idoso, mais velho do que Maria, e já que havia falecido?
B. JOSÉ COMO VOCÊ SE PORTOU - Ao ouvir as profecias de Simeão e
Ana, a respeito de Jesus.
Você e Jesus brincavam de
queda-de-braço? De pega-pega? Esconde-esconde? De cavalinho? De pula-pula?
Será que, durante suas orações,
você abriu os olhos e encontrou Jesus brincando, sentado, ouvindo?
José você crê que o seu caráter,
suas ações, seu papel como pai, um homem religioso, influenciaram a infância de
Jesus?
Que acredita que sua vida justa,
compassiva, de integridade, tinha que ver com o cumprimento da lei ou sua
obediência ao Senhor?
José a bíblia demonstra que você
era uma figura justa, piedosa, exemplar, um homem que fazia a vontade de Deus.
Então pergunto: Sua compaixão
demonstrada ao descobrir que Maria estava grávida, quando dela decidiu
divorciar-se em segrego, ao invés de expô-la à condenação pública (Deut.
22:23,24:1). Foi por temor a Deus ou pelo grande amor que você tinha por ela?
José uma notável seqüência de
sonhos marcou seu papel inicial como pai adotivo do Filho de Deus. Então
pergunto: “Você acredita em sonhos e visões dados por Deus?”.
José como você morreu? – Em que
circunstâncias? De velhice? Do coração? Alguma enfermidade? Ou algum acidente?
C. JOSÉ EU GOSTARIA DE SABER SOBRE A NOITE NA ESTREBARIA? - Estrelas
brilhando no céu. Belém brilhando à distância. Animais mugindo, ruminando.
O que passava por sua mente
enquanto Maria estava dando à luz? Enquanto Jesus estava nascendo?
Você havia feito tudo o que podia
– esquentado a água, preparado um lugar para Maria deitar?
Você deixou Maria o mais
confortável que podia dentro do celeiro, então saiu para o lado de fora da
estrebaria?
Você sentira só naquele momento?
O que estava pensando? Você orou? Ficou calado? Em silêncio?
Por alguma razão, eu não o vejo
silencioso. A cabeça balança, os punhos se agitam um no outro.
Senhor, não era isso o que eu
tinha em mente! Não foi isso o que planejei! De jeito nenhum.
Meu filho nascendo numa
estrebaria? Um lugar com ovelhas, e burros, palha e feno? Um lugar sujo,
fétido, imundo?
Minha esposa dando à luz tendo
apenas as estrelas para ouvir sua dor? De maneira alguma era isso o que tinha
imaginado.
Não, eu imaginava família.
Imaginava avós. Imaginava vizinhos amontoados do lado de fora e amigos de pé ao
meu lado.
Imaginava a casa explodindo de
alegria, com o primeiro choro do menino. Palmas no fundo. Risadas em alto som.
Júbilo.
Era assim que nós imaginamos que
seria. A parteira traria a criança para mim e todas as pessoas aplaudiriam.
Maria descansaria e nós festejaríamos. Toda a Nazaré celebraria.
Mas olhe só. Nazaré está a cinco
dias de distância. E aqui estamos nós, num estábulo, numa pastagem de ovelhas.
Quem vai celebrar conosco? As
ovelhas? Os pastores? As estrelas? Senhor, isso não parece correto.
Que tipo de marido sou eu? Não
trouxe nenhuma parteira para ajudar a minha esposa. Não há nenhuma cama para ela descansar. Seu
travesseiro é uma das enxergas (bacheiros) que tirei de minha mula. A cama que
lhe preparei é um amontoado de palha de feno. O cheiro é ruim, os animais fazem
barulho. Eu mesmo estou cheirando mal.
Deus será que não entendi algo?
Quando o Senhor me enviou um anjo com a notícia de que um filho estava para
nascer?
Não foi isso o que imaginei. Eu
imaginava Jerusalém, o Templo, os sacerdotes e as pessoas reunidas para ver.
Talvez até mesmo uma cerimônia.
Uma parada. Um banquete, pelo menos. Puxa, afinal, Ele é o Messias!
Pois então, se não era para
nascer em Jerusalém, que tal Nazaré? Nazaré não teria sido melhor?
Pelo menos ali, tinha a minha
casa, trabalho. Fora de lá, o que tenho? Uma mula cansada, uma pilha de lenha e
um pote de água.
Eu não queria que as coisas
fossem assim! Não era isso o que queria para a minha esposa, para o meu filho.
Ai, ai, ai, me esqueci. Ele não é
meu filho... é o Seu Filho. O Filho é Seu. O Plano é Seu. A idéia é Sua.
Perdoe-me por perguntar, mas... é
assim que Deus chega ao mundo? O Messias prometido pelos grandes profetas?
Deus, a vinda do anjo, tudo bem,
eu aceitei. As perguntas que as pessoas faziam sobre a gravidez, eu tolerei. A
viagem até Belém, tudo bem. Mas, quanto ao nascimento numa estrebaria?
A qualquer momento Maria vai dar
à luz. Não uma criança qualquer, mas o Messias. Não um infante, mas o próprio
Deus.
Foi isso o que o anjo disse. É
nisso que Maria acredita. E eu, Deus, meu Deus, é nisso que quero acreditar.
Todavia tenho certeza de que você
pode entender que isso não é fácil. Não estou acostumado com estas coisas tão
diferentes.
Eu sou carpinteiro, faço com que
as coisas se encaixem. Deixo os cantos retos. Sigo aquilo que o nível me informa.
Meço uma, duas, três, quatro vezes antes de cortar.
A surpresa não é amiga de um
construtor. Gosto de saber qual é o plano. Gosto de ver o plano antes de
começar.
Contudo, desta vez, não sou o
construtor, sou? Desta vez sou uma ferramenta. Um martelo em Suas mãos. Um
prego entre Seus dedos.
O projeto é Seu, não meu. Acho
que é tolice minha questionar você. Perdoa-me pela minha dificuldade. Não
consigo confiar com facilidade, Deus. Porém, você nunca disse que seria fácil,
disse?
Uma última coisa, Pai. Sabe o
anjo que você enviou? Será que existe
alguma possibilidade de enviar outro?
Senhor se não for um anjo, talvez
alguma pessoa? Eu não conheço ninguém por aqui e ter alguma companhia seria
bom.
III. CONCLUSÃO: SERÁ QUE JOSÉ FEZ UMA
ORAÇÃO DESSE JEITO ALGUMA VEZ?
A. TALVEZ TENHA FEITO, TALVEZ NÃO – Mas você provavelmente já fez.
Você ficou ali, de pé, no mesmo
lugar que José. Preso entre o que Deus diz e aquilo que faz sentido.
Você fez o que Deus lhe disse
para fazer, apenas para saber se realmente foi o Ele quem falou.
Você olhou para o céu enegrecido
pela dúvida. Você também perguntou o que José perguntou.
Perguntou se ainda estava no
caminho correto. Perguntou se deveria ter virado à esquerda quando virou à
direita.
ILUSTRAR – Cada um de nós sabe
como é caminhar à noite buscando luz. Não ao lado de fora de uma estrebaria,
mas talvez na porta de um pronto-socorro. Andando pelos pedregulhos de um
caminho. Diante da grama bem cortada de um cemitério. Então, fazemos nossas
perguntas. Questionamos o plano de Deus. E ficamos pensando por que Deus faz o
que faz.
B. O CÉU DE BELÉM NÃO É O PRIMEIRO A OUVIR O PEDIDO DE UM PEREGRINO
CONFUSO – Se você está perguntando o que José perguntou, deixe-me insistir com
você para que também faça o que José fez: Obedeça!
Foi isso o que ele fez. Obedeceu.
Obedeceu quando o anjo o chamou. Obedeceu quando Maria explicou. Obedeceu
quando Deus enviou.
Ele obedeceu quando o céu estava
claro. Obedeceu quando o céu estava escuro. Ele não deixou que algo embaraçasse
sua obediência.
José não sabia tudo. Mas fez o
que sabia. Fechou sua carpintaria, arrumou a mudança e foi para outro país. Por
quê? Porque foi isso o que Deus lhe disse para fazer.
IV.APÊLO:E QUANTO A VOCÊ? TAL COMO JOSÉ?
A. TAL COMO JOSÉ SUA TAREFA É VER QUE JESUS ENTROU NO SEU CAMINHO – E
tal como José, você tem uma escolha: obedecer ou desobedecer.
Por ter obedecido, Deus usou José
para transformar o mundo. Será que Ele pode fazer a mesma coisa com você?
Deus ainda procura homens e
mulheres que acreditam que Deus não abandonou este mundo.
Será você esse tipo de pessoa?
Está disposto a servir a Deus, mesmo quando não compreende Seus propósitos?
B OS CÉUS DE BELÉM NÃO É O PRIMEIRO A OUVIR OS APELOS DE UM CORAÇÃO
HONESTO – Talvez Deus não tenha respondido todas as perguntas de José.
Porém Ele respondeu a mais
importante: “Você ainda está comigo, Deus?” Sim , sim, José. Eu estou com você.
Existem muitas perguntas sobre a
Bíblia que não seremos capazes de responder até que cheguemos ao Céu.
Porém, em nossas ponderações,
existe uma pergunta que nunca precisamos fazer. “Será que Deus se importa
conosco?”
Por meio da pequena
face de um menino nascido numa estrebaria, Ele diz que sim.
Sim, você é
importante para Mim.
Sim, seu nome está
escrito no Céu.
Sim, Deus veio a este
mundo.
Emanuel. Deus
conosco.
Inicial - 535
HINOS
Final
- 534
Pr. Ercides Inácio de Oliveira