S.
MC.14:3-9
A.
MARIA – Discípula de Jesus, bem
jovem ainda, fora induzida ao pecado por Simão seu tio (DTN, 549).
Maria entregou-se a uma vida desenfreada,
de pecado, de adultério e prostituição, sem limites para o prazer.
O complexo de culpa, de indignidade,
sugeria, de lixo, tomou conta de seu coração. Nessas circunstâncias ela
conheceu a Jesus.
Nessa experiência de amizade, comunhão,
intimidade com Jesus Maria, conheceu a vitória sobre o pecado.
Porém, um dia Maria deixou Jesus partir.
Ela esqueceu que “sem Jesus nada poderia fazer”.
Suas promessas de fidelidade duraram
apenas alguns dias, talvez semanas, e ela tornou aos antigos caminhos.
A bíblia diz que Jesus tirou sete
demônios dessa mulher. Pelo menos sete vezes ela levantou-se e tornou a cair.
Maria é o tipo de pessoa que muitas
vezes promete fidelidade a Jesus e nunca cumpre suas promessas.
B.
MARIA FOI UM ESCÂNDALO PÚBLICO - Um dia, você conhece a história, ela
caiu feio, muito feio.
Encontrada no motel, dali arrancada,
arrastaram-na pela rua seminua. Tinha sido flagrada no pecado.
Não havia argumentos que a defendessem.
Estava perdida, acabada, sem esperança e sem futuro.
A multidão (os legalistas) a contemplava
como as feras contemplam a vítima antes de dar a mordida fatal.
Condenada à pena máxima, morte por
apedrejamento, trêmula, despojada de sua dignidade.
Arrasada e ultrajada ao nível mais
baixo, ordinário, vil, e degradante, era tudo o que merecia.
Foi nessas circunstâncias que apareceu
novamente Jesus. Maria pensava que Jesus não Se importava mais com ela.
Afinal, não havia ela traído tantas
vezes o Seu Mestre. Não havia prometido tantas vezes sem nunca cumprir?
Por que deveria Jesus amá-la? Que coisa
boa Jesus poderia ainda ver nessa pessoa cheia de fracasso?
Jesus é o Jesus dos desesperados! Ele sempre
aparece quando estamos já em meio à vergonha pública e à desgraça humana.
Caída aos pés de Jesus, Maria encolhe-se
mais do que pode protegendo com mãos e braços o rosto e a cabeça.
O último visual foi o de homens e
mulheres com semblantes irados, portando nas mãos pedras que poriam fim a sua
existência.
Você conhece o fim da história. Todo
mundo foi embora e só ficaram Jesus e Maria. “Vai e não peques mais,” disse
Jesus.
Maria reagiu aos prantos: “Senhor, não
vês que foi isso o que tentei fazer muitas vezes e não consegui?”.
Jesus e Maria ficaram juntos, Maria
aprendeu a lição. A partir desse instante, você sempre encontrará Maria aos pés
de Jesus.
Ouvindo do amor do Mestre, aos pés da
cruz, ao pé da tumba, sempre, sempre, aos pés de Jesus.
II.
MARIA QUEBRA O VASO DE ALABASTRO - S.MC.14:3-9
A.
MARIA, AGORA, QUERIA DAR ALGO A JESUS - Algo que pudesse expressar sua gratidão
e amor pelo Mestre.
De onde tirar o dinheiro, pois até então
vivera de vender sua carne, seu corpo? Vivera de prostituição.
Que darei ao Senhor? Quanto darei? Ela
ouviu Jesus dizer que não tinha onde reclinar a cabeça. Um par travesseiro?
Ouvira Jesus dizer, que Ele seria
entregue e seria morto. Por que não um vaso de perfume, de nardo puro, preciosismo.
ILUSTRAR
– “Diariamente, com uma trouxa de roupa na cabeça, atravessava a praça
ignorando os olhares de todos, e seguia até o Ribeiro de Cedron. Ali lavava,
esfregava, enxaguava, estendia sobre as pedras, esperava secar as peças,
voltava para casa com a roupa na cabeça, com um ferro que não sei se era a
lenha ou a carvão, passava e passava. Trabalhou como diarista nas ricas casas.
Chegou à colheita de uvas, aproveitou, privou-se de tudo o que podia, deixou o
supérfluo, reuniu tudo, foi para a Caixa depositar. Digita, vê o saldo,
arregala os olhos, não acredita 330 denários (330 dias de trabalho).”.
Maria, a mulher perdoada, cheia de
gratidão, com grande sacrifício para si, foi ao melhor Shoping da cidade.
Jesus merecia o melhor, e o melhor
estava, na Rua da Gratidão, Perfumaria da Fé, com produtos importados.
Vestido surrado, chinelo nos pés, ela
entra. Ali estão às madames, com seus vestidos de seda, modas de Paris.
Todas na última moda, mini, maxi,
tomara-que-caia, manga japonesa, chinesa, exposição de bustos, costas, pernas e
jóias.
O balconista, em traje social, olha para
aquela mulher e diz: “Ela errou a casa, vai estragar o dia”.
Por educação, foi atendê-la, bem
discretamente, vai para um cantinho da boutique e diz bem baixinho: O que a
senhora deseja? “Nardo”.
O moço trouxe nardo de baixa qualidade.
“Tem outro melhor?” Sim! Traga-o. Posso senti-lo? Oh! Sim.
Tem outro melhor do que este? Sim! Um
momento, moço, desculpe-me, eu quero Nardo puro, o melhor da Arábia.
Você sabe quanto custa? São 300
denários. Não se preocupe. Maria tira o saquinho do bolso da saia e derrama-os
no balcão.
Para Jesus não pergunta o preço, o
valor. Ele merece sempre o melhor e o de maior quantidade.
Maria sai saltitando, bailando de
alegria. Sabia que Jesus estava sendo homenageado em casa de Simão.
A mulher perdoada, grata, entra: tímida,
receosa; todos a conhecem, franzem a testa, desviam o olhar.
Maria com a paz de Deus no coração vai direto
ao objeto de sua dádiva, de sua grande oferenda.
Ela quebra o frasco, o vaso de alabastro
com o perfume de nardo puro, derrama tudo sobre a cabeça do Mestre.
Todos são beneficiados com o gesto de
gratidão, todos sentem o perfume derramado por um coração perdoado.
Por onde quer que Jesus andasse, nas
próximas 48 horas, o perfume o acompanharia: Na Páscoa, no Getsêmani, na casa
do Sumo Sacerdote, No Pátio de Herodes, no pretório de Pilatos ou na Cruz.
B.
A REAÇÃO DE JUDAS -Para que este desperdício? Este perfume podia ser vendido
por mais de 300 denários e ser dado aos pobres
Judas o ecônomo do grupo dos doze,
assim, que sentiu o cheiro, sua calculadora digitou 300 denários.
Houvessem vendido o ungüento, caísse o
lucro em seu poder, não teria os pobres recebidos benefício algum, pois era um
ladrão.
A mulher nada falou. Nem se defendeu.
Por quê? Porque estava experimentando o amor, a presença de Jesus.
Quando a mulher embaraçada, aflita, sem
justificar, estava para sair, ouviu a voz de Jesus: “Dei-xai-á, para que a
molestais?”.
Jesus erguendo disse: “Deixai-a, porque a aborreceis? Ela
praticou boa obra para comigo. O pobre sempre tende convosco, e quando
quiserdes, podeis fazer-lhes bem, mas a mim nem sempre me tendes. Ela fez o que
pôde. Antecipou-se a ungir meu corpo para a sepultura. Em verdade vos digo que
em todo o mundo onde este evangelho for pregado, o que ela fez será contado
para sua memória”.
Jesus afirmou que: “Erguer-se-iam e
cairiam impérios”; “seriam esquecidos nomes de monarcas e conquistadores”; mas
o feito de mulher de Maria, seria imortalizado nas páginas da sagrada história.
Maria amava a Jesus. Seu amor pelo seu
Senhor não poderia ser escondido, por isso quebrou o vaso.
Ela não tinha água, mas tinha águas das
lágrimas. Ela não tinha toalha, mas seus cabelos foram à toalha.
Embora os lábios fiquem na cabeça, parte
superior do corpo, Maria beijava os pés de Jesus, parte inferior do corpo de
Jesus.
Embora os cabelos fiquem na cabeça,
parte superior do seu corpo, Maria secava com eles os pés, parte inferior do
corpo de Jesus.
Com este ato Maria dizia: Senhor, o que
há de melhor em mim que são: meus cabelos, lábios, não são dignos de estar aos
Teus pés.
III.
CONCLUSÃO: MARIA QUEBROU O VASO DE ALABASTRO
A. QUEM POUCO É PERDOADO
POUCO AMA QUEM MUITO É PERDOADO, MUITO AMA – Jesus erguera Maria do desespero e da ruína, ao topo da dignidade,
da vitória.
Cristo viu em Maria aptidões para o bem.
Viu os melhores traços de seu caráter. Maria tornou-se participante da natureza
divina.
De repente, ela começou a ver-se como
Jesus a via: “alguém puro, nobre, responsável”. Só então, ela foi capaz de
vencer.
Aquele ungüento, símbolo do coração de
Maria. Era uma demonstração exterior de um de um estado interior.
Maria foi vitoriosa porque acreditou no
poder de Jesus. Uma alma atormentada
pelo peso da culpa não pode ser vitoriosa.
Quando achamos que “somos um fracasso e
não merecemos perdão” tendemos a tornar-nos aquilo que achamos que somos. Porém,
se começarmos a pensar que somos perdoados e resgatados pelo sangue de Jesus, passamos
a viver como pessoas vitoriosas.
Maria venceu. Depois de um fracasso e
outro, ela acreditou no poder transformador de Jesus e foi transformada.
Maria foi vitoriosa porque se achou aos
pés de Jesus. Porque Lhe banhara os pés com as próprias lágrimas.
B. MARIA VENCEU E VOCÊ? - Você já prometeu, prometeu e prometeu fidelidade a Jesus e tudo tornou a
ser como era
Você se sente desencorajado, frustrado,
desanimado, a continuar tentando? Talvez o esteja tentando sozinho?
Tente com Jesus! Procure-O diariamente.
Não se afaste dEle em nenhum momento de sua vida.
Ele o erguerá acima da crítica, da acusação e da contenda das línguas.
Ele lhe perdoará e restaurará.
IV. APÊLO: QUEBRE O VASO DE
ALABASTRO
A. EXPERIMENTE EM SUA VIDA A VITÓRIA DE MARIA! – O erro existe, ele deve ser reconhecido;
confessado, renunciado e abandonado para ser perdoado.
Eu não sei qual tenha sido sua conduta espiritual, seus erros,
suas fraquezas, seus pontos vulneráveis.
Eu não sei qual tenham sido seus pontos vulneráveis, suas
fraquezas: Se vícios, drogas, adultérios, desonestidade, mentiras.
Eu não sei até que ponto você tenha escorregado descido, chegado,
ao fundo do poço, da lama do pecado.
Seja humilde aos seus próprios olhos, consciente de
sua culpa, seus erros, suas fraquezas e pecados como fez Maria!
Como fez Maria, entenda que Jesus é:
amor, é graça, é misericórdia. Que Ele o ama e o aceita como você é!
Que Jesus não está simplesmente
interessado em entrar em sua casa, em seu lar, em um jantar, mas em sua vida.
Que Ele quer que você olhe para as
pessoas não como Simão, Judas, mas como Ele olhou para Maria pecadora.
B.
DEIXE-SE TRANSFORMAR POR JESUS - Ele quer quebrar por Sua graça, o seu
orgulho, prepotência, e ligação com o pecado.
Ele quer ser o seu advogado, o seu defensor,
diante dos críticos e acusadores, como Simão e Judas.
Ele quer que você dê a Ele o melhor de
si, que você confesse o seu amor por Ele publicamente como fez Maria.
Jesus quer o seu melhor, o seu amor, o
seu coração, a sua entrega, a sua gratidão, a sua vida.
Ele quer que você seja humilde, sincero
com Ele. Que você se apegue a Ele como a mulher pecadora.
Jesus procura você porque Ele o ama!
Porque está interessado em ajudá-lo, confortá-lo e salvá-lo.
Que o Senhor o abençoe para isto! Que
Ele more em seu coração como morou no coração de Maria! Amém!
Inicial -172
Hinos
Final
- 170
Pr. Ercides Inácio de Oliveira